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Um tal de Mahar

  • Léo Bussinger
  • 3 de jul. de 2017
  • 2 min de leitura

Ano passado, graças à amizade com o Felipe Bitu no Facebook, fiquei sabendo do falecimento de um tal de José Rezende Mahar. Curiosamente, esse senhor era carioca como eu e aparentemente era muito importante nesse nosso meio de apaixonados por carro. Tão importante que Bitu, morando lá em Piracicaba, fazia questão de manter contato e lamentou profundamente seu falecimento. Me impressionou...

Resolvi procurar saber melhor quem era esse senhorzinho bonachão e com um círculo de amigos muito do maneiro.

Pois bem.

Procurei, acessei o MaharPress, vi no YouTube palestras que ele dava, li o que o Jason Vogel escreveu no O Globo sobre ele... Li, como se não fosse o suficiente, que o velho barbudo amava as máquinas italianas, especialmente as Alfas.

Decepção.

Não há palavra melhor do que essa.

Decepção por não ter tido a oportunidade de encontrar Mahar num encontro de antigos aqui pelo Rio. Não ter tido o privilégio de, num desses AGMH da vida, ter recebido ele à beira da 147 enquanto eu ia saindo do carro e ouvido um comentário que certamente só ele poderia fazer. Ter conversado com ele sobre o quão estúpido, caro e extremamente prazeroso é ter na garagem uma Alfa Romeo ou até mesmo uma humilde 147 arrumadinha digna daquelas paixões que só faltam fazer as vísceras ficarem do avesso à cada punta-tacco bem executado.

"Mas como você diz isso rapaz? Nem o conheceu!"

Pois é, não conheci. Mas graças ao Bitu e à tantos outros amigos que tiveram essa oportunidade, encontrei um vasto material de um cara que assim como eu ama automóvel por amar. Sem disputa de ego, sem o mimimi besta e prepotente de quem tem carro pra mostrar para os outros. De quem gosta de carro por que não encontrou coisa melhor do que a mágica transcendental que acontece quando se junta um motor à uma carroceria e suas rodas. De quem tinha tanto conhecimento sobre tanta coisa que fica até difícil acreditar no tanto de coisa que ele disponibilizou. De quem vê no politicamente correto a morte de tudo aquilo que dá personalidade, autenticidade e graça às coisas que nós humanos fazemos. Afinal de contas, o quão politicamente correto é querer ter um carro antigo italiano na garagem que à cada regulagem de platinado, precisa de outra? Vão acabar com a nossa diversão, rapazes...

Mas enfim, que bom que vais poder andar do que quiseres aí em cima, Mestre... Aliás, posso te chamar assim, né?

Viva ao Mahar, à sua história e tudo o que representa. Viva ao antigomobilismo de verdade, sem disputa de ego. Viva às verdadeiras paixões, elas nos definem e mostra quem somos. Inclusive, é graças à essa paixão verdadeira e autêntica que Mahar continua vivendo, e do que depender da galera que ele cativou vai viver por muito mais.

Assistam o vídeo abaixo e vão entender o que eu to dizendo.


 
 
 

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Criado e editado por Leonardo Bussinger F.
Rio de Janeiro - RJ

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